A Santa Casa de Formiga alcançou um marco importante em novembro, realizando as primeiras captações de córneas. Foram 6 procedimentos ocorridos com sucesso pela equipe externa de retirada de tecidos oculares, oferecendo uma nova chance de visão a pacientes que aguardavam na fila de transplante.
As captações foram realizadas após a autorização dos familiares dos doadores e os tecidos oculares disponibilizados para o Banco de Olhos em Belo Horizonte. “As doações proporcionarão uma nova chance para os receptores enxergarem o mundo, como também de realizar atividades simples, mas essenciais para a recuperação da sua autonomia”, comemora o enfermeiro Lucas Carvalho.

A equipe responsável pela retirada de tecidos oculares da Santa Casa é formada pela médica neurologista Dra. Stella Santos de Alencar e pelos enfermeiros Júnia Letícia, Lucas Carvalho e Leonardo Castro. Em março deste ano, eles passaram por uma capacitação da MG Transplante com foco no protocolo de captação de córneas o que possibilitou ao hospital realizar as enucleações.
A ação representa um importante reforço para a captação de tecidos e para a realização de transplantes no estado que registra uma fila de espera de mais de 4 mil pessoas. De janeiro até segunda-feira (2), 997 transplantes de córnea foram realizados em Minas.
Essas captações representam uma nova perspectiva para o hospital, ressalta o enfermeiro Leonardo. Segundo o profissional, as doações ocorrem apenas com autorização dos familiares. “A conscientização para a doação de órgãos e tecidos é de extrema importância para a transformação da vida do receptor”.
Sobre a doação
A córnea é a estrutura transparente que cobre a parte da frente do olho. O transplante permite sua substituição total ou parcial em caso de perfuração ou embaçamento e contribui para a recuperação da visão em mais de 90% dos casos.
O doador de tecidos oculares pode ter entre 2 e 80 anos, sendo necessário passar por uma triagem social e médica antes da doação, para definir se há alguma contraindicação.
Pacientes que ficaram cegos por diabetes, glaucoma, catarata ou usuários de óculos ou lentes de contato também podem ser doadores. Esses e outros problemas visuais não impedem a doação da córnea, pois vários deles estão localizados no fundo dos olhos e a córnea fica na superfície.
A retirada dos tecidos deve ser feita até 6 horas após o óbito (pode ser estendida até 12 horas em caso de resfriamento do corpo). As córneas podem ser armazenadas no Banco de Tecidos Oculares por até 14 dias até serem utilizadas. A retirada é realizada com técnicas cirúrgicas, sem que a aparência do doador seja modificada.
Fonte: Santa Casa de Caridade de Formiga

















































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