A Polícia Civil de Minas Gerais já identificou oito das 11 vítimas de um grave acidente com um ônibus de viagem na MG-223, entre as cidades de Araguari e Tupaciguara, ambas no Triângulo Mineiro. Em coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (9), o delegado Luciano Alves dos Santos deu mais detalhes da investigação.
Segundo ele, das oito vítimas identificadas, três foram reconhecidas pela família e cinco pelas digitais. Em relação às vítimas que ainda faltam ser identificadas, o delegado afirma que já tem os nomes de quem seriam elas, mas aguarda a comparação das digitais com os registros dos institutos de identificação de Goiás e São Paulo, onde elas possuem RG.

“Dez corpos estão no Posto Médico Legal de Araguari e um corpo no Posto Médico Legal de Uberlândia. Então, a medida que os familiares estão chegando aqui, eles pegam a liberação, vão no Posto Médico Legal e fazem o transporte do corpo para o local do velório e sepultamento. Dois corpos já foram transportados”, conta Santos.
O delegado explica que a maior parte dos corpos estava localizada embaixo do veículo e que, provavelmente, as vítimas estavam sem cinto no momento do acidente – informação que só será confirmada com a elaboração do laudo final da perícia.
“Tiveram corpos ejetados, mas a maioria (nove) estava embaixo do veículo. Só conseguimos removê-los depois que se utilizou um guincho. Conseguimos remover três de início e os outros estavam mais ao meio do ônibus. Inclusive, levantar só a traseira do ônibus não foi suficiente, tivemos que destombar o ônibus para acessarmos os outros seis corpos que estavam ali sob o veículo”, detalhou o delegado.
Motorista diz que viu vulto, freou e perdeu controle do ônibus
Santos ainda revelou o que o motorista do ônibus disse em depoimento à polícia. O homem, de 58 anos, trabalhava há 32 como motorista e era contratado da Real Expresso, empresa responsável pelo ônibus acidentado, há quatro anos. Ele foi ouvido e liberado na terça-feira (8).
“O motorista disse que viu um reflexo, um vulto, freou e perdeu o controle do ônibus. Ele falou que fazia o mesmo trajeto uma vez na semana e que nunca havia se envolvido em um acidente grave anteriormente”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil confirmou que a situação do ônibus era regular e que o veículo foi fabricado em 2019/2020. Além da lista de passageiros, já fornecida pela empresa, os investigadores pediram que a Real Expresso envie outros documentos para ajudar a entender as causas do acidente, como o rastreamento do veículo e outros documentos.
“A partir do momento que os corpos chegaram ao Posto Médico Legal, nós já fizemos uma força tarefa, acionamos os identificadores e foi tudo encaminhado para o Instituto de Identificação em Belo Horizonte e durante a madrugada os laudos foram confeccionados. Então, a gente tá trabalhando dia e noite, sem parar. A investigação já está em estado avançado e, ao final, vamos conseguir apontar a causa do acidente”, disse.
Fonte: Itatiaia
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