Minas Gerais planeja pagar R$ 5,5 bilhões da dívida com a União em 2026, primeiro ano completo sob a vigência do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas (Propag). Em entrevista à Itatiaia, o secretário de Estado de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, detalhou o planejamento para o início efetivo do pagamento do débito e quando o estoque, hoje na casa dos R$ 177 bilhões, começará a diminuir.
Desde o fim da década de 1990, a dívida de Minas com a União aumenta progressivamente, partindo de cerca de R$ 14 bilhões no início do vínculo e escalando sob diferentes taxas de juros. Hoje, o indexador é fixado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% do estoque ao ano.

Só na gestão de Romeu Zema (Novo), o valor devido à União mais do que dobrou, passando de R$88,7 bilhões em 2019 para R$177,49 bilhões na atualização publicada pela Fazenda em novembro deste ano.
Com a adesão ao Propag, o estado espera reduzir os juros da dívida apenas à inflação. O programa prevê que as primeiras parcelas tenham valores reduzidos para favorecer a adequação do orçamento dos estados aos pagamentos divididos pelos próximos 30 anos.
O secretário de Fazenda explica que, por conta da progressão no valor das parcelas, nos três primeiros anos não haverá uma redução real no estoque da dívida. Passado esse período, o valor devido passa a cair até a quitação completa do débito em três décadas.
“O estoque da dívida não cai em 2026, porque a gente está no início dessa curva. Eu vou pagar R$ 5,5 bilhões no primeiro ano. A dívida, vai crescer ainda em 2026 mais que isso. Será assim nos dois, três primeiros anos. A partir daí, estaremos pagando mais do que o crescimento do estoque”, destacou Gomes.
Fonte: Itatiaia

















































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