A jovem Ana Luiza, de 20 anos, publicou nas redes sociais um vídeo relatando supostas humilhações e pressões psicológicas que teria sofrido ao tentar visitar o pai, detido na Penitenciária de Formiga.
Segundo Ana Luiza, no domingo, 2 de novembro, ao se dirigir à unidade prisional com o objetivo de visitar o pai, ela foi acusada de portar drogas em suas partes íntimas, o que ela nega veementemente desde o início. A jovem afirma que, durante toda a abordagem, foi constantemente acusada de atitudes que alega jamais ter cometido.

Ana Luiza relatou ainda que permaneceu na penitenciária das 8h às 16h sem acesso a alimentação ou água e que sofreu pressões psicológicas durante o período. Posteriormente, ela se dirigiu a um hospital, onde foi submetida a exames, que não constataram a presença de substâncias ilícitas.
Após a grande repercussão nas redes sociais, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) emitiu uma nota oficial sobre o caso.
Confira a nota na íntegra:
“Em nota, o órgão confirmou que a jovem esteve na penitenciária no dia 2 de novembro e que, durante o procedimento de segurança realizado pelo escâner corporal, foi detectada uma imagem anômala na região pélvica.
De acordo com a secretaria, Ana Luiza foi orientada a aguardar e realizar uma nova inspeção, que novamente apresentou imagens incompatíveis. A visitante teria informado estar com sangramento e, em comum acordo, foi encaminhada à UPA para a realização de exames complementares.
Ainda segundo a nota, um exame radiográfico apontou uma imagem hipodensa na região anal, porém, exames específicos realizados por uma médica não identificaram presença de corpo estranho. Após a liberação, a unidade prisional ofereceu à visitante a opção de realizar visita assistida ou por videoconferência na semana seguinte, o que de fato ocorreu.
A SEJUSP destacou que todos os procedimentos adotados seguiram rigorosamente as normas e protocolos do Sistema Prisional de Minas Gerais, previstos no Regulamento e Normas de Procedimentos (ReNP) e nas diretrizes de uso do escâner corporal.
O órgão também ressaltou que, nos últimos 60 dias, duas mulheres foram presas em flagrante tentando burlar a segurança da penitenciária, escondendo ilícitos nas partes íntimas, o que, segundo a secretaria, demonstra a importância do equipamento para a segurança das unidades prisionais.
Por fim, a SEJUSP informou que as penitenciárias sob gestão do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) são regularmente fiscalizadas por diferentes órgãos de controle, como o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (GMF-TJMG), com inspeções periódicas e criteriosas, frequentemente acompanhadas por representantes do Poder Judiciário”.




















































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