A Santa Casa de Caridade de Formiga realizou, na quarta-feira (5), a primeira captação de córnea destinada para transplante. O procedimento foi realizado pela equipe externa de retirada de tecido oculares da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) composta por Lucas Carvalho, Júnia Letícia e Leonardo Castro. A doação foi encaminhada para o Banco de Olhos em Belo Horizonte.
De acordo com Leonardo, o procedimento foi realizado após acolhimento e autorização dos familiares. “A doação só foi possível graças ao gesto nobre da família do doador, que em meio à dor, escolheu transformar a despedida em esperança, oferecendo a outras pessoas a chance de voltar a enxergar e viver com mais qualidade. Esse ato de generosidade é o verdadeiro sentido da doação de órgãos: a vida que se renova pela empatia e amor ao próximo”.
Essa captação é um marco histórico para a instituição e para a região de Formiga. O enfermeiro Lucas ressalta a importância de as pessoas conversarem com seus familiares sobre a vontade de ser doador de órgãos. “Para ser um doador é importante que a pessoa informe à família, pois são os parentes mais próximos que autorizarão a doação. É importante que a pessoa manifeste seu desejo em vida”.
Fila para transplante de córneas
De acordo com o MG Transplante da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), atualmente mais de 4 mil pessoas aguardam por um transplante de córneas, o maior número já registrado no estado. O tempo médio de espera é de 2 anos e meio.
Conforme a Fhemig, há 10 anos Minas Gerais vivia o marco zero de fila para o transplante de córneas – cenário em que a captação de tecido ocular era capaz de suprir toda a demanda existente em poucos meses. A fila voltou a crescer a partir de 2015 e, com a pandemia de Covid-19, mudanças necessárias nos protocolos sanitários aumentaram, ainda mais, o número de pessoas em espera por transplante.
Ascom: Santa Casa de Caridade de Formiga
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