A morte de um detento na Penitenciária de Formiga gerou questionamentos e acusações por parte da família da vítima. Segundo parentes, o homem pode ter sido assassinado devido a conflitos entre facções criminosas. Eles afirmam ainda que o detento já havia relatado medo e solicitado transferência de cela, mas não foi atendido.
A família também cobra rapidez na investigação e responsabilização dos envolvidos, além de melhorias na segurança interna do presídio para evitar novas mortes.

Em resposta, o diretor da 7ª Região da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Sérgio Evaristo, divulgou uma nota rebatendo a versão apresentada pelos familiares.
“Quanto ao questionado, por telefone, em relação a possibilidade do homicídio ter acontecido por motivo de “rixa” entre facções criminosas, não procede!
A Assessoria de Inteligência da Sétima Região de Polícia Penal juntamente com as Setoriais, realizam um trabalho excepcional catalogando todo e qualquer preso que tenha possível vínculo com facções.
Dentre tantas importâncias desse trabalho, uma delas é justamente evitar que presos de facções rivais se encontrem dentro do cárcere.
Os motivos que ensejaram o homicídio ainda estão sendo apurados e inquérito policial está sendo conduzido pela Polícia Civil e, com certeza, elucidará o ocorrido, tanto quanto, os motivos.
Desta forma, deixo claro, os presos que estavam na cela com a vítima, NÃO são integrantes de facções rivais e que, situações como a reclamada, dificilmente acontecem nas unidades prisionais da nossa região.
O crime
Na quarta-feira passada (30 de julho), um detento foi encontrado morto dentro de uma cela da Penitenciária de Formiga, localizada no pavilhão fechado 1, em área destinada à população LGBTQIA+. Durante a contagem de rotina realizada por policiais penais na troca de plantão, os servidores notaram a ausência do interno Jean Carlos Ribeiro Teixeira, de 34 anos.
Ao serem questionados, os companheiros de cela relataram que o homem havia sido assassinado por outro interno e indicaram que o corpo, supostamente esquartejado, estava escondido no banheiro, envolto em um lençol.
A equipe de segurança interna foi acionada, retirou os demais custodiados do espaço e confirmou o óbito no local indicado. A área foi isolada, e a perícia técnica esteve presente para realizar os procedimentos necessários.
A direção da penitenciária informou que todas as medidas legais e administrativas estão sendo tomadas, incluindo a instauração de uma Investigação Preliminar (IP) para apuração dos fatos.
Jean Carlos era natural de Belo Horizonte (MG), cumpria pena em regime fechado desde março de 2023, estava inscrito no programa de atenção à população LGBTQIA+ e tinha passagens pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa.
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