A sobretaxa de 50% imposta pelo presidente americano Donald Trump sobre milhares de produtos brasileiros começou a valer nesta quarta-feira (6). A medida, que adiciona 40 pontos percentuais à alíquota de 10% já em vigor, afeta mais de 3.800 itens exportados pelo Brasil.
O decreto de Trump, também chamado de Tarifaço, publicado em 30 de julho, estabelece que a nova tarifa incidirá sobre os produtos que embarcaram a partir de 00h01 de hoje, no horário de Brasília. Mas devido à diferença de fuso horário, a medida começou a valer a partir da 01h01 da madrugada no horário brasileiro.

O governo dos Estados Unidos justificou a medida citando a “perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, classificando essas ações como “graves abusos de direitos humanos” e um enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, buscou minimizar o impacto econômico. Ele afirmou que a sobretaxa afetará cerca de 4% das exportações brasileiras para os EUA, e que, desse total, 2% já teriam destinos alternativos.
Haddad fez a declaração na terça-feira (5), destacando que a preocupação com o tarifaço acabou ofuscando uma série de “notícias boas” para o país. Ele mencionou a saída do Brasil do Mapa da Fome, a taxa de desemprego mais baixa da história (5,8%), o aumento da renda dos brasileiros, a queda da inflação e da desigualdade, além dos resultados fiscais positivos.
Exceções à Regra
O decreto presidencial previu algumas exceções. Produtos que já estavam em trânsito para os EUA no momento da publicação do decreto foram poupados da sobretaxa. A medida visou evitar que exportadores brasileiros fossem pegos de surpresa com cargas já a caminho.
Fonte: Hoje em Dia
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