Redação: Informe Centro Oeste
A comunidade escolar da Escola Estadual Aureliano Rodrigues Nunes agendou para esta segunda-feira (25), a partir das 13h30, uma manifestação contra a “municipalização” da instituição. A luta para que a escola permaneça sob a tutela do governo do estado é antiga e uma lei municipal proíbe a mudança.

Além do movimento pacífico, atendendo à solicitação do vereador Cid Corrêa Mesquita (Cid Corrêa), representantes da escola farão uso da palavra na Tribuna do Povo durante a reunião do Legislativo dessa segunda-feira, para apresentar aos vereadores e à comunidade os impactos e a importância da aprovação do Substitutivo ao Projeto de Lei nº 097/2025.
O referido projeto trata da proibição da absorção das matrículas do Ensino Fundamental – anos iniciais – da Escola Estadual Aureliano Rodrigues Nunes pelo Município de Formiga, no contexto do Projeto Mãos Dadas, instituído pela Lei Municipal nº 5.678, de 13 de julho de 2021. A proposta tem gerado discussões na comunidade escolar e entre os legisladores, por envolver questões estruturais e pedagógicas importantes para a educação pública da cidade.
Além da participação dos representantes da escola, a vereadora Joice Alvarenga também fará uso da tribuna como oradora durante a sessão.
A participação ativa da comunidade e de instituições educacionais na Tribuna do Povo reforça o compromisso da Câmara Municipal com a transparência, o diálogo e o fortalecimento das políticas públicas construídas de forma coletiva.
Comunidade escolar da Aureliano reage à nova tentativa de municipalização
O vereador Cid Corrêa e o professor Rodrigo Melo participaram de uma reunião no dia 11 de julho na Escola Estadual Aureliano Rodrigues Nunes com servidores, pais e comunidade escolar. O encontro discutiu um projeto de lei enviado pela Prefeitura de Formiga, que, mesmo de forma indireta, trata da absorção das matrículas dos anos iniciais do Ensino Fundamental pela rede municipal, dentro do Projeto Mãos Dadas.
Cid Corrêa demonstrou preocupação com a proposta, lembrando que já existe a Lei Municipal nº 5.678/2021, de sua autoria, que proíbe a municipalização da escola. O vereador apresentou um substitutivo ao novo projeto, reforçando a proibição de qualquer absorção de turmas da escola pelo município. Segundo ele, a escola tem história, identidade e o apoio da comunidade, que já se posicionou contra a proposta.
O professor Rodrigo Melo alertou que o interesse do projeto é financeiro, com foco na captação de verbas no primeiro ano, sem garantia de continuidade, o que pode gerar mais custos para o município no futuro.
A comunidade escolar recebeu a notícia da proposta no dia 8 de julho de 2025, por meio de uma mensagem oficial do prefeito Laércio dos Reis Gomes à Câmara Municipal. Esta é a segunda tentativa de municipalização da escola — a primeira ocorreu em 2021, sob o então prefeito Eugênio Vilela, e foi barrada após forte mobilização.
A comunidade argumenta que:
Todos os servidores são efetivos e comprometidos com a escola;
A mudança afetaria empregos e estrutura;
Os alunos teriam que ser remanejados para escolas mais distantes;
A escola está passando por reformas significativas desde 2024, sem apoio da Prefeitura;
O prefeito não dialogou com a comunidade escolar antes de enviar o projeto à Câmara.
A principal crítica é que o projeto ignora a história, a estrutura e o valor social da escola, focando apenas em números e repasses financeiros, e ameaça a continuidade de um trabalho educacional reconhecido pela comunidade.
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