A acompanhante da idosa envolvida na ocorrência registrada na Santa Casa nessa terça-feira (5), relacionada a supostas agressões, também se pronunciou por meio de uma nota de esclarecimento sobre o ocorrido.
Confira na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO
“Informo que na data de ontem, 5/08/25, a técnica de enfermagem chegou até o quarto da idosa de 66 anos, com rispidez dizendo que a mesma iria tomar banho no banheiro, mesmo estando com fratura na perna e sem cirurgia. Eu disse a técnica que a orientação da enfermagem da escala do dia anterior, orientou que não era para retirar a idosa do leito, considerando que ela estava com fratura na perna e poderia piorar a situação.
A idosa perguntou se seria possível tomar banho no leito porque estava com dor e frio. A técnica de enfermagem disse que ela iria para o banheiro tomar banho, pois havia ido ao banheiro fazer necessidades fisiológicas há 2 dias, com consentimento da enfermagem e após isso precisou tomar 2 tramadol na veia. No entanto afirmamos que no plantão do dia 3/08/25, a idosa fez suas necessidades fisiológicas na comadre em cima da cama, seguindo OUTRA orientação da enfermagem.
A técnica de enfermagem ficou exaltada e disse que ela ia tomar banho no banheiro sim. Eu pedi para manter no leito considerando que a idosa estava com dor. A técnica de enfermagem respondeu: então vamos ver quem manda aqui! Vai tomar banho no banheiro sim e bateu a porta. Nesse momento, eu liguei para a supervisora assistencial da Santa Casa que pediu o nome da servidora. Para me resguardar, eu coloquei o celular para filmar somente o meu rosto. Perguntei o nome da servidora e ela disse: não te interessa não! Segundos depois, a mesma disse o seu nome.
Eu estava no corredor da Santa Casa e o local que a técnica estava, era uma sala, a qual eu não sabia que era uso restrito dos servidores, já que em vários momentos algumas técnicas de enfermagem pediram para eu ir até a enfermaria e pegar fita, plástico e medidor de saturação, o que pode ser conferido nas imagens das câmeras da Santa Casa. No momento que me aproximei a servidora me empurrou na parede abruptamente e bateu a mão no meu celular, desligando a câmera. Nesse momento eu gritei que estava sendo agredida e meu irmão me segurou para me proteger, pois eu fiquei exaltada com a maneira em que fui tratada.
Em nenhum momento houve agressão da minha parte em relação a servidora. O meu advogado teve acesso aos vídeos e mostra que eu me exaltei nesse momento, apontei o dedo para a servidora dizendo que ela havia me agredido, mas repito que NÃO HOUVE AGRESSÃO/LESÃO CORPORAL. Caso tivesse ocorrido agressão/lesão corporal, indubitavelmente a servidora teria feito o exame de corpo de delito. Diferente do que mostra o vídeo o qual eu publiquei que mostra nitidamente a rispidez que a funcionária me respondeu e me empurrou abruptamente na parede interrompendo a gravação, o que estranhamente foi omitido na nota de repúdio divulgada pela Santa Casa, na data de hoje 06/08/2025.
A polícia foi acionada pela Santa casa e também por mim, e, eu e a técnica de enfermagem, fomos conduzidas a um posto policial para realizar o boletim de ocorrência e após fomos liberadas. A servidora não sofreu nenhuma sanção pela Santa Casa. A direção da Santa Casa não quis me atender e ouvir a minha versão. Após o episódio retornei à Santa Casa e pedi para ver minha mãe.
Eu e meu advogado fomos informados que eu estaria proibida de entrar na Santa Casa a partir daquele momento e que eu só poderia visitar minha mãe quando ela estivesse na UTI, bem como no quarto em outra ala. Reforço que não pude me despedir da minha mãe antes dela ir para a cirurgia que é de médio a alto risco. Informo que eu estava no hospital com minha mãe desde quinta-feira, sob forte estresse e tomando medicações como antidepressivo e ansiolítico, prescritos por psiquiatra, por ver o sofrimento da minha mãe. Informo ainda que tenho uma doença degenerativa que me causa dores crônicas que foram acentuadas após os episódios e eu precisei de cuidados médicos”.
Graziele de Paula Alves
Discussão sobre isso post