Aplicada ainda na maternidade, a vacina BCG continua sendo uma das principais formas de prevenção contra as formas graves da tuberculose em crianças pequenas. Neste 1º de julho, data em que se celebra o Dia da Vacina BCG, especialistas reforçam a importância da imunização e esclarecem informações equivocadas que ainda circulam entre a população.
A BCG está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser administrada logo após o nascimento, até os cinco anos de idade. Ela protege principalmente contra formas severas da doença, como a tuberculose meníngea e a miliar.

Bruno Henrique Mendonça, coordenador do curso de Enfermagem do Centro Universitário Anhanguera, esclarece três mitos e verdades recorrentes sobre o imunizante:
Mito: só brasileiros têm a marca da vacina BCG no braço
A cicatriz é provocada por uma reação imunológica ao bacilo atenuado presente na vacina. O surgimento da marca varia de acordo com o tipo de agulha utilizada. No Brasil, predomina a aplicação com agulha tradicional, que tende a deixar cicatriz. Em outros países, como Japão e Estados Unidos, a vacinação é feita com microagulha, o que reduz ou elimina a marca visível. “No Brasil, três em cada cem crianças vacinadas com a microagulha não ficam com a cicatriz”, explica Mendonça.
Mito: a presença da cicatriz indica que a vacina funcionou
Desde 2019, o Ministério da Saúde não recomenda a reaplicação da BCG em crianças que não desenvolvem a cicatriz. Estudos mostram que a marca não tem relação com a eficácia da vacina. A presença ou ausência da cicatriz depende apenas da técnica de aplicação, e não do nível de proteção oferecido.
Verdade: a vacina deve ser aplicada no braço direito
Tanto o Ministério da Saúde quanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) orientam que a BCG seja aplicada no músculo deltoide do braço direito. A padronização ajuda no monitoramento de possíveis reações adversas. Esse protocolo também é adotado para outras vacinas, como a da covid-19.
Apesar de não impedir a infecção por tuberculose em adultos, a BCG continua sendo eficaz na prevenção de quadros graves da doença em crianças. “É uma vacina segura, com décadas de uso, e essencial para proteger os mais vulneráveis. Reforçar sua importância é também combater o avanço da tuberculose”, afirma o especialista.
Fonte: O TEMPO
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