A partir desta segunda-feira (4), o Laboratório de Mineralogia do Unifor-MG realizará uma exposição temática dedicada aos minerais e minérios que contêm elementos terras raras (ETRs), também conhecidos como lantanídeos. Esse grupo de elementos tem despertado grande interesse internacional devido ao seu alto valor estratégico e à crescente demanda por parte das indústrias de alta tecnologia. No total, são 17 os elementos que compõem os ETRs: Lantânio (La), Cério (Ce), Praseodímio (Pr), Neodímio (Nd), Promécio (Pm), Samário (Sm), Európio (Eu), Gadolínio (Gd), Térbio (Tb), Disprósio (Dy), Hólmio (Ho), Érbio (Er), Túlio (Tm), Itérbio (Yb) e Lutécio (Lu). Além desses, o escândio (Sc) e o ítrio (Y) também são incluídos no grupo por ocorrerem nos mesmos tipos de depósitos minerais e possuírem propriedades químicas semelhantes.
Esses elementos têm aplicações essenciais em setores como a indústria de tecnologia de ponta, fabricação de ligas especiais, produção de supercondutores e equipamentos eletrônicos. No Brasil, há importantes ocorrências de ETRs em regiões como o planalto de Poços de Caldas, Araxá, Patrocínio, Serra do Salitre, Catalão e Cajati, todas associadas ao magmatismo alcalino pobre em sílica. Apesar de a maioria das rochas brasileiras apresentarem apenas baixos teores desses elementos, estudos realizados pelo laboratório identificaram crostas ferruginosas na região de Cunhas com concentrações consideráveis de lantanídeos e urânio acima da média.

Existem ainda jazidas brasileiras formadas por processos de laterização (enriquecimento secundário de minerais) que permanecem pouco conhecidas do grande público, como foi o caso do nióbio em Araxá. O Laboratório de Mineralogia do Centro Universitário de Formiga tem participado ativamente de pesquisas relacionadas a esses recursos, inclusive analisando materiais com teores anômalos de ETRs, além de tântalo e nióbio.
O Brasil, ao lado da China, possui algumas das maiores reservas mundiais desses elementos estratégicos, muitas delas localizadas em áreas de floresta e reservas naturais na região amazônica. Parte dessa riqueza mineral, no entanto, pode ser conhecida de perto na exposição que o laboratório promove.
“A instituição convida o público a visitar o museu de mineralogia do Unifor-MG e conhecer mais sobre esses elementos essenciais para o futuro tecnológico e energético do planeta”.
Fonte: Unifor-MG

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