Uma professora foi indiciada por maus-tratos após chutar um aluno de 5 anos dentro da sala de aula, em uma escola municipal de Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil, o impacto do chute desferido pela mulher, de 45 anos, foi tão forte que o menino chegou a ser jogado para trás.
“Apesar da força com a qual o chute foi desferido, o laudo pericial não constatou qualquer lesão corporal na vítima”, explicou o delegado Hans Rocha Baia, responsável pelo inquérito.

A Prefeitura informou que a professora atuava na função de apoio escolar na Escola Municipal Monteiro Lobato e teve o contrato rescindido.
Além disso, foi instaurado um processo administrativo que, após ser finalizado, vai impedir a profissional de prestar concurso público em nível municipal. A nota também afirma que o Município repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar.
A investigação começou logo após o registro do boletim de ocorrência e reuniu provas, incluindo depoimentos de testemunhas e registros em vídeo. A professora foi ouvida pela polícia econfessou a agressão, dizendo que “perdeu a cabeça” diante de uma situação com o aluno.
O caso aconteceu no dia 4 de julho. O inquérito foi finalizado na terça-feira (15) e encaminhado ao Poder Judiciário. A professora foi indiciada pelo crime de maus-tratos, qualificado pela exposição da criança a sofrimento físico.
O que diz a escola
“A Secretaria Municipal de Educação de Lagoa da Prata/MG vem a público esclarecer os fatos ocorridos na Escola Municipal MONTEIRO LOBATO, envolvendo uma profissional contratada de apoio escolar e uma criança da Educação Infantil, com o objetivo de reafirmar seu compromisso com a proteção da infância e com a ética no serviço público educacional.
Adireção da referida escola tomou conhecimento de um episódio em sala de aula envolvendo uma suposta agressão por parte da profissional contratada. Imediatamente, a direção acionou as câmaras de segurança para apuração e, ao constatar a veracidade do fato, comunicou prontamente à Secretaria Municipal de Educação.
Em respeito ao bem-estar da criança e à gravidade do ocorrido, a Secretaria adotou providências imediatas, procedendo à rescisão do contrato da profissional envolvida, que não integra o quadro de servidores do município.
Além disso, foi instaurado um processo administrativo, o qual impede a referida professora de prestar concurso público neste município. A escola prestou todo o apoio necessário à criança e à sua família e colaborou integralmente com o inquérito conduzido pela Polícia Civil, fornecendo imagens e testemunhos dos servidores.
Reafirmamos que qualquer forma de violência, especialmente no ambiente escolar, é absolutamente inaceitável. A gestão municipal zela pelo ambiente seguro, acolhedor e respeitoso em todas as unidades de ensino.
Por fim, destacamos que o fato se trata de um caso isolado, não representando a conduta dos profissionais da educação da rede municipal, que atuam com dedicação, afeto e compromisso com o desenvolvimento das crianças”.
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