A mineira Carolina Arruda, de 27 anos, que convive desde 2017 com a ‘pior dor do mundo’, se prepara para um novo procedimento na tentativa de acabar com o sofrimento.
Diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, a mineira já passou por seis cirurgias no cérebro, que não tiveram resultados.
“Minha última esperança agora é ser colocada em coma induzido, entubada, sem consciência, pra ver se meu cérebro ‘reinicia’ e volta a responder aos remédios”, contou Carolina em relato emocionante nas redes sociais.

“A Neuralgia do Trigêmeo já é uma das doenças mais raras e cruéis do mundo. Menos de 0,3% da população tem. A minha forma — bilateral, dos dois lados do rosto — é ainda mais rara. E a dor? Ela nunca some.
Nem dormindo. Nem de olhos fechados. Nem com remédio. Nem abrindo o crânio”, completou a jovem.
Carolina descreveu com uma alternativa cruel mas necessária. “Eu tenho a maior dor do mundo de acordo com a medicina. Imagina ser colocada em coma induzido, entubada, sedada, inconsciente por dias. Não porque você sofreu um acidente grave, não porque seu corpo não aguenta mais, mas porque a dor que você sente é tão absurda, tão desumana que nem os remédios mais fortes no mundo funcionam mais. Essa vai ser a minha realidade no mês que vem. Essa vai ser uma uma medida paliativa tentada pelos médicos porque já não tem mais o que fazer”, relatou.
Carolina será internada no dia 13 de agosto na Santa Casa de Alfenas, no Sul de Minas, e ficará em coma induzido por até cinco dias. Ela vai ficar sem tomar remédios que já não fazem efeito.
“A única esperança é que quando eu acordar, o meu cérebro aceite de novo os medicamentos, mas nem os médicos sabem se isso vai acontecer. Nem eles têm certeza se eu vou conseguir melhorar pelo menos um pouquinho”, contou a mineira.
“Chegar nesse ponto é desesperador. Eu só queria ter um pouco de paz, nem que fosse apagando tudo por pelo menos alguns dias, só para estar escapado desse pesadelo que parece que não tem fim”, desabafou emocionada nas redes sociais.
No ano passado, Carolina contou que pretendia sair do Brasil para fazer eutanásia ou suicídio assistido, já que os procedimentos são considerados crime no país.
Discussão sobre isso post