Nessa segunda-feira (12), a Horta Urbana da Escola Municipal Célia de Melo Eufrásio, no bairro Laginha, ganhou vida nova com o protagonismo de estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental. Sob orientação técnica, foram plantados em cinco canteiros, as seguintes mudas de hortaliças: 40 de alface crespa, 40 de chicória, 30 de couve, 20 de cebolinha, 20 de salsinha e seis pés de tomate cereja.
A horta, longe de ser apenas um espaço de cultivo, é gerida integralmente pelos alunos, que organizam uma escala semanal de responsabilidades. Diariamente, grupos se revezam para garantir a segurança, a limpeza do terreno e o monitoramento do crescimento das plantas, assumindo um papel ativo desde o plantio até a colheita. “Eles não apenas aprendem sobre ciclos da natureza, mas também desenvolvem noção de responsabilidade coletiva”, destaca Ronny Ferreira, coordenador do projeto.

Na semana passada, o esforço dos jovens agricultores resultou na colheita de 40 pés de alface e 40 pés de chicória, distribuídos entre as famílias dos estudantes. A iniciativa melhora a qualidade nutricional das refeições das famílias e fortalece o vínculo entre escola e comunidade, mostrando que a produção local de alimentos saudáveis é viável e transformadora.
Uma parceria que germina sustentabilidade
Desenvolvido desde 2018 pelo Banco Municipal de Alimentos de Formiga (BMA), em parceria com o Unifor-MG, a Carmeuse Brasil, a Emater-MG e a Germinar Mudas, o projeto vai além do cultivo de hortaliças. Ele é um laboratório prático de agroecologia, no qual estagiários de engenharia agronômica, supervisionados pelos professores Lucas Silveira e Júlia Marques, aplicam técnicas de uso racional da água e manejo sustentável do solo. “Queremos formar cidadãos que entendam a relação entre alimentação, saúde e meio ambiente”, explica o professor Lucas.
Educação que floresce na terra
Integrada ao currículo escolar, a horta serve como ferramenta interdisciplinar: em ciências, os alunos estudam fotossíntese; em matemática, calculam a produtividade dos canteiros; e em português, redigem relatórios sobre o andamento do projeto. Essa conexão entre teoria e prática reforça a noção de que a alimentação saudável começa com educação crítica e participação ativa.
Fonte: Decom
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