A falta de fonoaudiólogos no Sistema Único de Saúde (SUS) tem gerado reclamações da população. Em resposta à demanda, o secretário municipal de Saúde, Wender Oliveira, esclareceu que a situação não é exclusiva de Formiga, mas reflete uma realidade da macrorregião, agravada pela baixa oferta de profissionais no mercado, especialmente nas cidades de pequeno e médio porte.

Segundo Wender, a escassez tem levado os profissionais a optarem por oportunidades com salários mais elevados, dificultando a realização de concursos ou processos seletivos dentro dos parâmetros orçamentários dos municípios.
Ainda conforme o secretário, o município está dentro das exigências do Ministério da Saúde no que se refere à atenção primária. Pela Política Nacional de Atenção Básica, cidades entre 30 mil e 100 mil habitantes devem ter, em média, um fonoaudiólogo para cada 10 equipes de Saúde da Família. Atualmente, Formiga conta com 20 equipes e dois profissionais da área, atendendo 100% da exigência técnica.
A cidade não possui um Centro Especializado em Reabilitação (CER), o que também impacta na necessidade de ampliação do quadro. No entanto, Wender anunciou que a contratação de um terceiro fonoaudiólogo está em fase final, e há previsão de ampliação da equipe para até quatro profissionais até os meses de julho ou agosto deste ano.
Além disso, a Secretaria de Saúde está revisando os protocolos clínicos com o objetivo de melhorar a triagem e os encaminhamentos. De acordo com o secretário, há um número significativo de encaminhamentos desnecessários ou imprecisos, o que sobrecarrega os profissionais disponíveis e contribui para a sensação de insuficiência no atendimento.
A expectativa é que, com a reorganização dos fluxos e a ampliação da equipe, o município possa oferecer um atendimento mais ágil e eficaz à população que necessita do serviço de fonoaudiologia.
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