A Federação Internacional de Diabetes (IDF) reconheceu oficialmente o diabetes tipo 5. A nova classificação da doença afeta principalmente indivíduos muito magros com deficiências nutricionais severas, estima-se que entre 20 e 25 milhões de pessoas no mundo convivam com essa condição, sobretudo em países da Ásia e da África.
Diferente do tipo 2, ligado a excesso de peso, maus hábitos alimentares e sedentarismo e frequentemente confundido com o diabetes tipo 1, que também ocorre em pessoas jovens e magras, o tipo 5 se diferencia por não ser autoimune: ele está relacionado à menor formação de células beta pancreáticas, muitas vezes devido à desnutrição na gestação ou na primeira infância.

Para diferenciar a diabetes tipo 1 da 5, são essenciais a dosagem de anticorpos contra o pâncreas e a análise da reserva de insulina.”É uma doença que afeta jovens de muito baixo peso, normalmente com IMC abaixo de 19, antes dos 30 anos”, explica o endocrinologista Fernando Valente, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), ainda não há dados oficiais sobre a prevalência do novo tipo no país. Especialistas acreditam que pela semelhança entre os sintomas, muitos casos possam estar sendo erroneamente classificados como tipo 1.
A IDF observou ainda que o diabetes tipo 5 atinge mais homens do que mulheres, especialmente em áreas rurais, onde o acesso a diagnóstico e tratamento é mais limitado. Sem diagnóstico correto, muitos pacientes acabam sem acompanhamento e reposição de insulina, elevando o risco de complicações.
Embora a maneira como a doença se desenvolve e se instala ainda não esteja totalmente conhecida, acredita-se que esteja associado à pouca massa de células pancreáticas, o que resulta em menor capacidade de secreção de insulina.
O tratamento é similar ao dos outros tipos de diabetes e inclui, além da reposição de insulina, uma reestruturação nutricional adequada com reposição de proteínas, carboidratos, micronutrientes, eletrólitos e outras vitaminas essenciais.
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