A Justiça de Minas Gerais condenou um resort do Vale do Aço a indenizar uma mulher que sofreu um acidente em um toboágua. O Tribunal de Justiça do estado determinou o pagamento de R$ 5 mil por danos morais. A vítima, de 22 anos, fraturou uma vértebra e ficou afastada do trabalho por 15 dias.
O caso aconteceu em 10 de abril de 2016. A mulher desceu pelo toboágua e bateu com as costas na borda da piscina. Familiares a socorreram e a levaram para atendimento médico em Ipatinga. Na ocasião, um exame de raio-x não detectou fratura. Ainda sentindo dores, ela procurou uma UPA em Contagem, onde exames confirmaram a fratura na coluna.
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Devido ao acidente, a jovem precisou usar um colete ortopédico e fazer fisioterapia. Ela também desenvolveu uma infecção e perdeu uma oportunidade de emprego, pois estava em período de experiência e não teve o contrato renovado.
O resort alegou que a usuária não seguiu as normas de segurança do brinquedo e desceu de forma errada. Também argumentou que o primeiro exame não detectou a fratura, o que poderia indicar que a lesão não ocorreu no local.
Na primeira decisão judicial, a indenização por danos morais foi fixada em R$ 8 mil. No entanto, o tribunal rejeitou o pedido de indenização por perda de oportunidade e lucros cessantes, pois a jovem não conseguiu provar que o acidente foi o motivo da não renovação do contrato.
Ao analisar o recurso, o Tribunal de Justiça reduziu a indenização para R$ 5 mil. O relator do caso, desembargador Luiz Gonzaga Silveira Soares, entendeu que, mesmo que a usuária tenha descido de forma incorreta, o impacto não deveria ter sido tão forte a ponto de causar uma fratura. Por isso, o resort foi considerado responsável pelo ocorrido.
Fonte: O Tempo
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