Na tarde de sexta-feira (31), um grupo de mães atípicas se reuniu com o prefeito de Formiga, Laércio Reis, e a vice-prefeita, Taciana Carvalho, para entregar uma carta aberta com reivindicações voltadas ao atendimento e desenvolvimento de crianças neurodivergentes, incluindo autistas e outras deficiências. Leia a carta na íntegra logo abaixo.
O documento destaca a necessidade de melhorias em diversas áreas, incluindo educação, transporte, saúde e inclusão social. Entre os principais pontos levantados, estão:
Educação e CEMAP
• Acesso das famílias ao Centro Municipal de Apoio à Aprendizagem (CEMAP), permitindo maior transparência sobre o acompanhamento das crianças;
• Emissão de relatórios bimestrais para os pais, semelhantes a boletins escolares;
• Ampliação e qualificação de profissionais especializados, como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos comportamentais;
• Uso de espaços públicos, como quadras esportivas e CRAS, para terapias complementares;
• Capacitação dos profissionais das escolas municipais para atendimento adequado dos alunos atípicos;
• Garantia do cumprimento da lei 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares nas escolas, exceto para casos específicos.
Transporte
• Expansão da cobertura do transporte público para atender crianças neurodivergentes de todos os bairros de Formiga;
• Presença de profissionais de apoio nos veículos para garantir a segurança dos alunos;
• Sensibilização e capacitação dos motoristas para lidar com as necessidades das crianças atípicas.
Saúde
• Ampliação do atendimento médico especializado, com a contratação de mais neuropediatras para reduzir filas de espera;
• Oferta de terapias essenciais pelo SUS, como fonoaudiologia, psicologia comportamental, fisioterapia e terapia ocupacional;
• Inclusão de medicamentos para crianças neurodivergentes na farmácia municipal;
• Realização gratuita de exames de alto custo pelo sistema público;
• Atendimento odontológico especializado para crianças com deficiência, incluindo sedação quando necessário;
• Apoio psicológico e ações de acolhimento para mães atípicas, que muitas vezes enfrentam exaustão emocional.
Direitos e Inclusão
• Isenção do IPTU para famílias com crianças neurodivergentes;
• Maior divulgação e cumprimento das prioridades para PCDs em espaços públicos e de saúde;
• Colocação de placas informativas sobre os direitos das pessoas com deficiência em locais públicos.
A carta foi assinada por Ana Paula Selia, Ana Paula Silva, Andreia de Fátima, Fabiana Lúcia Oliveira Pereira, Lilian Lebar Dimbata, Lilian Silva Pimenta, Pamella Thais Efângelo da Silveira, Samila de Faria Quintiliano e pela advogada Eliane Cristina de Oliveira (OAB/MG 226.242).
O grupo espera que as demandas sejam analisadas e atendidas na medida do possível pela gestão municipal.
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