O café, bebida indispensável na rotina dos brasileiros, tem enfrentado aumentos expressivos de preço nos últimos meses. Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indicam que o valor do produto subiu cerca de 40% no último ano. Esse cenário tem levado ao surgimento de produtos adulterados, popularmente conhecidos como “café fake”, que preocupam tanto consumidores quanto especialistas.
O que é o “café fake”?
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O “café fake” refere-se a produtos vendidos como café, mas que, na realidade, são misturas de grãos de baixa qualidade, cascas, folhas e outros resíduos. Esses itens são comercializados em embalagens semelhantes às do café tradicional, muitas vezes com preços significativamente mais baixos, o que pode confundir o consumidor desatento. Enquanto um pacote de 500g de café autêntico pode custar em torno de R$ 30, o “café fake” é encontrado por aproximadamente R$ 13,99. 
Riscos para a saúde e qualidade
Além de não oferecer o sabor e o aroma característicos do café puro, o consumo do “café fake” pode representar riscos à saúde. A presença de impurezas e a ausência de controle de qualidade nesses produtos levantam preocupações sobre possíveis contaminações e reações adversas nos consumidores. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) alerta que muitos desses produtos não possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que reforça a necessidade de cautela na hora da compra. 
Como identificar o “café fake”?
Para evitar a aquisição de produtos adulterados, os consumidores devem estar atentos a alguns detalhes:
• Preço: Desconfie de preços muito abaixo da média do mercado.
• Embalagem: Observe se há selos de qualidade e certificações oficiais.
• Descrição do produto: Leia atentamente os rótulos e evite produtos com termos vagos ou que não especificam a origem e a composição do café.
• Marca: Pesquise a reputação da marca e verifique se há registros de irregularidades ou reclamações.
Medidas das autoridades
Diante do aumento na comercialização do “café fake”, órgãos de fiscalização intensificaram as inspeções em estabelecimentos comerciais e indústrias. O objetivo é identificar e retirar do mercado produtos que não atendam aos padrões de qualidade e segurança estabelecidos. A Abic também tem promovido campanhas de conscientização para orientar os consumidores sobre os riscos associados ao consumo de produtos adulterados.
Conclusão
A alta nos preços do café tem levado muitos consumidores a buscar alternativas mais econômicas. No entanto, é fundamental estar atento para não comprometer a saúde e a qualidade do produto consumido. Informar-se e adotar práticas de compra conscientes são passos essenciais para garantir que o tradicional cafezinho continue sendo uma experiência prazerosa e segura.
Fontes: Jornal Estado de Minas e Itatiaia
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