Na noite de domingo (8/12), um incidente de injúria racial em Formiga, resultou na prisão de um homem de 31 anos, apontado como autor do crime. Segundo relatos e depoimentos coletados pela equipe policial, o episódio gerou grande comoção entre os presentes no local.
De acordo com a vítima, a confusão começou quando ele se levantou de sua mesa, em um Pesque e Pague da cidade, para ir ao banheiro e ouviu o autor, sentado em uma mesa próxima, gritar “Ô crioulo!” em sua direção. Estranhando a situação, ele se dirigiu à mesa do autor e questionou: “Do que você me chamou?”. O autor repetiu a injúria, o que gerou indignação nas pessoas que acompanhavam a vítima.
Testemunhas confirmaram o relato da vítima, incluindo a esposa do autor, que admitiu que o marido havia proferido a expressão ofensiva. Além disso, o agressor, que aparentava estar bastante alterado, dirigiu insultos à uma testemunha, chamando-a de “vagabunda” e “prostituta”.
A situação foi presenciada por diversas pessoas no local, e o proprietário do estabelecimento, tentou apaziguar os ânimos antes da chegada da polícia, mas o conflito já havia se agravado.
Diante dos fatos, o autor recebeu voz de prisão por injúria racial e foi conduzido à Delegacia Regional de Polícia Civil em Formiga, onde foi registrado o boletim de ocorrência e realizadas as providências judiciais cabíveis.
O crime de injúria racial é previsto no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal Brasileiro, e se caracteriza pelo uso de palavras ou gestos que ofendam a honra de alguém com base em sua raça, cor, etnia, religião ou origem. A pena para esse crime pode variar de um a três anos de reclusão e multa, podendo ser agravada em casos específicos.
O caso chama a atenção para a necessidade de ações educativas e preventivas que combatam atitudes discriminatórias, além de reafirmar a importância de denúncias para que episódios como este sejam devidamente punidos.
Fonte: Tribuna Centro-Oeste