Circula em grupos de mensagens um áudio de um suposto biólogo e agente de endemias alertando a população sobre a transmissão de tuberculose por meio de “mosca de lixo”, através do contato com a pele. No entanto, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) alerta que a mensagem é falsa e garante que não há transmissão da doença por meio de moscas ou outros animais. O comunicado foi divulgado nesta quinta-feira (21 de novembro).
No áudio, um homem que se identifica como funcionário do Executivo municipal da capital mineira afirma que os casos teriam sido registrados em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e também em Poços de Caldas, no Sul de Minas. “Um tipo de tuberculose trazido pelo mosquito infectado pela Mycobacterium tuberculosis é extremamente difícil de ser tratada”, diz a mensagem.
Após a circulação do áudio, a PBH esclareceu, em nota, que a informação não procede. “Na capital, não há casos de tuberculose transmitidos por moscas, já que não há a possibilidade de a mosca ser infectada com a bactéria Mycobacterium tuberculosis”, garantiu a prefeitura.
Segundo a PBH, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, passada de pessoa para pessoa pela tosse, espirro ou fala. Ou seja, não há transmissão por meio de moscas, insetos ou outros animais. O município reforça que a propagação de informações inverídicas pode causar alardes desnecessários à população, prejudicando a atuação do poder público.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas também reiterou que o vídeo trata-se de fake News. “A tuberculose é uma doença transmitida exclusivamente por vias aéreas, através de aerossóis eliminados por pessoas infectadas ao tossir, falar ou espirrar”, diz o comunicado.
A Administração municipal ressalta que aproximadamente metade da população mundial já foi imunizada com a vacina BCG, e que o desenvolvimento da doença depende de fatores como estilo de vida e imunidade individual. “Reforçamos que, em casos de doenças com potencial epidêmico, alertas e instruções normativas são emitidos pelos órgãos competentes, como a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde, garantindo informações seguras e direcionamentos claros”.
Fonte: O Tempo