Para preservar a memória ferroviária, que faz parte do patrimônio material e imaterial de diversos municípios, e também criar espaços para que as novas gerações conheçam a história da ferrovia, a VLI, administradora da Ferrovia Centro-Atlântica, em parceria com a Agência de Iniciativas Cidadãs e a Administração Municipal de Formiga, inaugura nesta quinta-feira, 7 de novembro, às 9h30, o “Estação de Memórias de Formiga”, cidade que está no Corredor Leste da Ferrovia Centro-Atlântica.
A exposição, que terá visitação gratuita, está instalada na Casa do Engenheiro, sede da Secretaria de Cultura, localizada na Alameda Francisco Chico Goião.
O Programa “Estação de Memórias” registra e difunde as memórias das pessoas sobre o passado, a partir de um processo de cocriação com as comunidades. Encontros e entrevistas identificam casos, lembranças e histórias de quem vivenciou o vai e vem dos trens. Esse conteúdo é transformado em espaços expositivos, montados na estação.
HISTÓRIA
A Estação de Memórias de Formiga é um espaço expositivo dedicado à memória ferroviária do município. O objetivo é contar as histórias que rodeiam a ferrovia desde a inauguração da estação na cidade, em 1905. A ocupação do território antes da chegada do trem, a aceleração da urbanização trazida pelos trilhos, o trabalho dos ferroviários e a agitada vida cultural no entorno da Estação Ferroviária de Formiga são alguns dos temas abordados.
Para contar todas essas memórias ferroviárias, a expografia é composta por linha do tempo, jogo da memória, personagens inspirados em figuras locais, entrevistas em vídeo, objetos históricos, relatos de vida, entre outros elementos. O projeto expográfico parte da ocupação do território pelos povos indígenas, passando pela presença de quilombos na região e pela transformação do arraial em cidade até chegar na inauguração da Estação Ferroviária.
Algumas particularidades da história da ferrovia na cidade ganham destaque, como o saudoso “Cine Glória”, que ficava nas proximidades da estação. Figuras evocadas pelo imaginário popular local são homenageadas, como o telegrafista Claudinê dos Santos e o “Buck Jones de Formiga”, célebre fã de filmes de faroeste que andava caracterizado pelas ruas da cidade.
A expografia em Formiga, construída de forma colaborativa, incluiu a identificação de 292 fotografias, além de 15 objetos e documentos históricos. Ao todo, foram realizadas 15 entrevistas em áudio e três oficinas colaborativas, que contaram com a participação de quase 60 voluntários.
A iniciativa faz parte do programa homônimo da VLI, realizado pela Agência de Iniciativas Cidadãs, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Formiga.